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Saúde

FEBRE MACULOSA - CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO

Publicada em 01/07/23 às 21:32h - 780 visualizações

Redação Nossa Colatina


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FEBRE MACULOSA - CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO
 (Foto: OMS)

O QUE É A FEBRE MACULOSA?

A febre maculosa é uma doença infecciosa, com característica febril aguda e que tem gravidade variável. Isso significa que ela pode se manifestar desde formas leves, até com taxa de letalidade muito alta.

A infecção não pode ser transmitida de pessoa para pessoa, nem pelo contato com animais contaminados. A transmissão ocorre somente pela picada do carrapato estrela contaminado por uma bactéria do gênero Rickettsia.

Os sintomas da febre maculosa podem ser confundidos com os da virose comum ou com os da dengue. Por isso, é importante consultar um médico e ter o acompanhamento necessário, principalmente porque a doença evolui rapidamente e pode levar à morte em poucos dias.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS?

OS SINTOMAS MAIS COMUNS DE FEBRE MACULOSA INCLUEM:

Febre alta

Dor de cabeça

Dor no corpo

Náuseas, vômitos, diarreia e falta de apetite

Cansaço, fadiga e desânimo

Mal-estar generalizado

Manchas vermelhas pelo corpo

Com o passar dos dias, essas manchas vermelhas podem se tornar salientes e semelhantes a picadas de pulgas. Elas aparecem em todo o corpo, inclusive na palma das mãos e na planta dos pés. Esse é um diferencial para outras doenças com sintomas semelhantes, como sarampo, dengue e rubéola.

EM CASOS MAIS GRAVES, O PACIENTE PODE APRESENTAR:

Gangrena nos dedos e orelhas;

Paralisia dos membros, que tem início nas pernas e sobe até os pulmões, causando parada respiratória;

Comprometimento da coagulação sanguínea, que pode atingir os vasos sanguíneos do cérebro.

No geral, os sintomas levam entre 7 e 10 dias para se manifestar após a picada do carrapato, mas não é incomum que após 48 horas o paciente já comece a sentir os primeiros indícios da doença. O tempo máximo de incubação da bactéria é de 15 dias.

Após os primeiros sintomas, o tratamento precisa ser iniciado em no máximo 5 dias. Depois desse período, os riscos de os medicamentos não surtirem efeito aumentam, elevando também a gravidade da infecção.

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DA FEBRE MACULOSA?

A transmissão da febre maculosa ocorre apenas pela picada do carrapato-estrela. É importante destacar que esse tipo de carrapato, da espécie Amblyomma cajennense, não é o mesmo encontrado em animais de estimação. Eles são mais comuns em animais de grande porte, como bois, cavalos e capivaras.

Também é possível encontrar esse tipo de carrapato em coelhos, aves e gambás e ainda podem ser vistos em capins, frestas de muro e locais com mato ou grama alta. Eles podem até usar cachorros e gatos como hospedeiro, mas as chances são bem menores.

Os carrapatos mais jovens precisam de mais atenção. Como costumam ter um tamanho menor, se tornam mais difíceis de serem vistos e retirados, o que facilita a contaminação.

Para haver a transmissão da doença, o carrapato infectado precisa picar a pessoa e se alimentar do sangue dela por, pelo menos, 4 horas, de maneira fixa. No entanto, se perceber um desses aracnídeos na pele, independentemente do tempo, o recomendado é prestar atenção no surgimento de sintomas e procurar um médico o quanto antes para realizar o acompanhamento.

A febre maculosa não pode ser transmitida de pessoa para pessoa, nem pelo contato com animais infectados.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

A infecção tem uma evolução muito rápida, e o diagnóstico pode ser complicado nos primeiros dias, já que os sintomas iniciais são semelhantes aos de várias doenças, como dengue, virose, leptospirose, hepatite viral, malária, meningite, sarampo, lúpus, pneumonia, entre outras.

Por isso, é importante ter atenção, principalmente, ao histórico do paciente. Se a pessoa mora em locais de mata ou visitou recentemente florestas, sítios, fazendas, trilhas ecológicas ou parques que tenham casos da doença, a febre maculosa precisa ser uma suspeita.

Perguntar o histórico é uma parte essencial do diagnóstico, que deve ser feito pelo médico. No entanto, o paciente também pode dizer que esteve em locais com possibilidade de transmissão da enfermidade.

Para confirmar a febre maculosa, é solicitada uma série de exames, como hemograma, reação de imunofluorescência indireta (RIFI), exame de imunohistoquímica e isolamento da bactéria.

FEBRE MACULOSA TEM CURA? QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS?

Mesmo com uma evolução rápida e grande potencial letal, a febre maculosa tem cura, desde que o tratamento seja feito o quanto antes. O recomendado é que o paciente procure um hospital assim que começar a sentir os primeiros sintomas, principalmente se tiver ido a lugares com mato alto ou com a presença de animais de grande porte.

O tratamento da doença é feito com antibiótico específico. De acordo com a gravidade do quadro, a internação pode ser necessária até que a febre termine, garantindo um acompanhamento médico especializado.

A febre maculosa pode ser tratada por um clínico geral ou por um infectologista, e o uso de antibióticos deve ser iniciado antes mesmo da confirmação laboratorial da condição. A demora no tratamento é capaz de levar a óbito.

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO PODEM SER PICADOS POR CARRAPATO-ESTRELA?

Como falamos acima, é pouco provável que animais domésticos, como cães e gatos, tenham uma infestação pelo carrapato-estrela. No entanto, se o bichinho tiver contato com mato e grama alta, especialmente no interior e em regiões com incidência da doença, é necessário ter cuidado.

Se o seu cachorro ou gato estiver com febre maculosa, você não será contaminado diretamente. Mas é possível que o carrapato que o picou também te transmita a doença. 

ENTÃO, É IMPORTANTE:

Dar banhos com frequência no seu animal de estimação

Colocar coleiras anticarrapatos

Retirar os carrapatos imediatamente e de maneira segura, sempre com uma pinça, caso o parasita seja localizado no pet.

COMO PREVENIR A FEBRE MACULOSA?

Se você morar, viajar ou frequentar lugares de atenção para a doença, algumas dicas podem te ajudar a prevenir a condição:

Use sempre roupas claras, pois elas ajudam a identificar o carrapato, contrastando com a cor escura do parasita

Utilize sempre calças e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas, evitando ao máximo o uso de bermudas, vestidos, saias e camisetas

Evite andar em locais com grama ou vegetação alta, ou que possuem infestação de carrapato

Utilize apenas botas e coloque a barra da calça por dentro do calçado, evitando que o inseto entre por baixo da roupa. Também é recomendado vedar as bordas das botas com fita adesiva

Use repelentes de insetos.

Verifique o seu corpo a cada 2 horas e procure por carrapatos, principalmente se estiver fazendo trilhas.

CASO ENCONTRE UM CARRAPATO NO SEU CORPO, FAÇA O SEGUINTE:

Você deve removê-lo o quanto antes: mas a remoção deve ser feita de uma maneira segura. Não utilize as mãos, mas, sim, uma pinça. Não force o carrapato a se soltar encostando agulhas ou fósforos quentes, pois o estresse pode fazer com que ele libere grande quantidade de saliva e aumente as chances de contaminação

Não aperte ou esmague o carrapato: retire-o com cuidado e firmeza porque, ao esmagá-lo, ele pode liberar bactérias de conseguem adentrar no organismo humano por meio de pequenas lesões na pele

Faça a higiene do local: depois de remover o carrapato por inteiro, limpe a área com álcool ou água e sabão

Consulte um médico: caso sinta sintomas da doença, procure um médico o quanto antes e explique que foi mordido por um carrapato

É importante destacar que, quanto mais rápido o carrapato for retirado, menor será o risco de contrair a febre maculosa.

 GOVERNO DO ESTADO NO COMBATE A FEBRE MACULOSA

A Secretaria da Saúde realizou uma capacitação para 55 profissionais de saúde da Região Central do Espírito Santo sobre a Febre Maculosa. O objetivo foi fortalecer a formação e prevenir óbitos pela doença, que já registrou 14 casos confirmados e quatro mortes no estado. A capacitação abordou o diagnóstico, manejo clínico e vigilância da doença, ressaltando a importância de suspeitar da Febre Maculosa em pacientes que tiveram contato com carrapatos recentemente. Os sintomas podem ser semelhantes a outras doenças, como dengue, e um diagnóstico precoce melhora as chances de recuperação.

 

 




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